Reflexões em Tempo de Crise Textos 2020
Reflexões em Tempo de Crise
Covid 19 – Pandemia, Crise, Cura e Evolução Sistémica
Ao longo dos tempos e ciclicamente a Humanidade vê-se a braços com uma qualquer espécie de epidemia, desde as pestes, à gripe espanhola, à asiática, passando pelos diversos vírus e bactérias, estamos sempre sujeitos à precariedade e à consciência da nossa finitude corporal e existencial. O que há de novo nesta pandemia? O facto de termos em pleno século XXI uma visão mais global das sociedades e dos regimes vigentes e um maior sistema de comunicação que nos liga a todos instantaneamente de uma forma única. O que é o Corona nos vem dizer: que todos somos um e que estamos todos no mesmo barco, e, que na visão dele, somos todos iguais sem distinção social, ou seja, somos todos humanos! Se o que está em causa é a sobrevivência humana e o isolamento que ela pressupõe, então é tempo de pararmos e equacionarmos os modelos que construímos nas nossas vidas e repensar a mensagem que este vírus trás com ele, para reerguemos e planificar o nosso futuro. Pela lei da sincronicidade nada acontece por acaso e cada evento significativo é portador de sentido. Numa primeira fase o Covid 19 trouxe-nos de uma forma mais evidente o seu lado de sombra: medos, vazios, inseguranças, isolamento, confrontação existencial com todo o tipo de valores, significados, crenças e fé de cada um na vida. Após o primeiro embate e no seu aspecto luz/consciência, o vírus levou-nos a parar, escutar e a olhar. Afinal, este está a ter efeitos benéficos nos níveis da poluição, no tratamento das pessoas, no alargamento da solidariedade, e está a promover uma maior consciência do outro e um aumento de sensibilidade face às grandes questões humanas e sociais. Este é o momento para irmos para além das polémicas de partidos, de clubismos, nacionalismos e outros tantos ismos…o momento é para unir, cuidar e solidarizar com os reais problemas humanos. A humanidade está em risco, este planeta é a nossa casa mãe e se não cuidarmos dele estaremos a hipotecar a nossa sobrevivência e de toda a espécie humana, animal e vegetal. As grandes mudanças passam pela descentralização das cidades, por um retorno à natureza, por um desenvolvimento equilibrado da tecnologia, por uma economia solidária e sustentável, por um desenvolvimento de comunidades autónomas, abertas à partilha e à interdisciplinaridade. As associações comunitárias poderiam agrupar-se em função de interesses, valores e ideais, procurando sempre um equilíbrio entre a vertente material e espiritual. Com os recursos e a tecnologia que dispomos hoje, podíamos mesmo, ter um mundo bem melhor, mas para tal, é necessário uma elevação dos níveis de consciência e uma educação assente mais no ser do que no ter. Nesta crise, está contida a oportunidade de mudarmos o estilo de vida, os hábitos e os preconceitos, é tempo de acabarmos com todo este materialismo imoral assente em capitalismo selvagem que se encontra praticamente institucionalizado em todo o mundo. As pessoas tornaram-se escravas do dinheiro e do consumo, e a exploração de recursos e pessoas, tem gerado cada vez mais fome, caos, guerra e desequilíbrios pelo planeta. A ganancia pelo lucro e pela exploração da mão-de-obra barata, desencadeou ainda mais pobreza nas classes desprivilegiadas, ao ponto de algumas pessoas na China alimentarem-se e comercializarem todos os tipos de animais! O capitalismo selvagem chinês, espelho das civilizações ocidentais desencadeou uma onda de reação na forma de um vírus global capital, eclodindo em 2019 o Corona vem hoje colocar em causa o valor da vida! Simbolicamente a coroa, na Índia conhecido como chacra coronal, é onde está sediado o topo da espiritualidade, e simultaneamente, é também o símbolo do orgulho, emblema da autocracia do Ego. O que nos remete a outra questão: esta crise é para fortalecer o poder material e os governos ditatoriais, ou poderá servir de alavanca, para uma redistribuição mais igualitária dos recursos materiais e naturais de forma a desenvolvermos um outro paradigma social? As pessoas querem continuar no dever e na obrigação constante da luta pela sobrevivência e de não terem tempo para pensar, relaxar e meditar ou preferem uma vida em que trabalham por prazer na ajuda a si mesmo e ao próximo sem o jugo da pressão e da obrigação de terem de trabalhar para sobreviver? É claro que esta atitude criativa implica liberdade, autor-responsabilidade, sentido de dever e missão. O espírito de equipa e de cooperação quando estamos a produzir algo que nos identificamos faz muito mais do que anos a fio a trabalhar por aquilo que não acreditamos nem valorizamos! Krisis, em grego antigo significa oportunidade, os tempos são de mudança de paradigmas e de valores, não seria de bom-tom, vermos passar o tempo com este vírus e esta crise sendo apenas observadores de um filme que não nos toca nem nos emociona! Aproveitemos pois esta quarentena nesta fase da Quaresma, 40 dias falam de iniciação e purificação, e a próxima Lua cheia – a da Páscoa, fala de renascimento no ciclo da natureza e na alma humana. L.R
Hoje, dia de Fernando António Nogueira Pessoa – o Santo que se fez Homem Reflexão do dia - Os Aproveitamentos É racismo, é clubismo, é partidarismo, é fascismo, é socialismo, comunismo, mediatismo e tantos outros ismos…! Cada um vivendo na sua ilha de descontentamento jogando o jogo do umbigo, o das múltiplas personalidades dispersas que evocam o lema: dividir para reinar! Se cada Estado tem o povo e os movimentos que atrai e merece, é porque os valores e as culturas que o dominam e o representam, já não respondem às necessidades de participação na vida social e recreativa dos seus cidadãos. O Estado social totalitário atrai a marginalidade extremista como espelho, imagem invertida e reflexiva da sua incapacidade de aglutinar os elementos dispersos na sua teia social. Os marginais e os radicais são vistos como um vírus, um objecto estranho do qual desconhecemos, nem sabemos lidar e integrar. O português do meu querido Álvaro de Campos/F. Pessoa que hoje evoco na sua memória de 13 de Junho, verdadeiro génio da génese portuguesa nos lembra, que ser tudo e todos, é ver em cada ser, a partícula genuína da nossa identidade/alteridade. Em mim, há uma partícula de cada ser que precisa de ser integrada, compreendida e exultada. A cada um o direito de viver o sino e o rio da sua aldeia, sem que haja a necessidade da extrema luta, da competição desenfreada, da manipulação e usurpação por um lugar ao sol nesta praia que é de todos nós. A Nova Era que desponta, busca servidores do indivíduo/colectivo que criem oportunidades para cada um ser quem se é. Os valores materiais devem servir o Homem e não escravizá-lo, a cultura, a criatividade e o serviço voluntário só irão prevalecer numa sociedade que estimule as oportunidades de crescimento em cada ser. Até lá, o desmoronamento social nas bases em que o sistema foi edificado, os tumultos, a desigualdade, a insatisfação, a revolta, os medos, os tabus, a propaganda, o esquecimento, a divisão, o obscurantismo, - a terra de ninguém da última fase da Era de Peixes. Hoje Portugal, lança Luz no teu nevoeiro, que a Hora não tarda… L.R
Em tempos de Covid e de Super-Lua no Eixo de Touro/Escorpião, aqui vai um testemunho sobre transição de Eras...
O FUTURO DE PORTUGAL E O 5º IMPÉRIO - ASTRÓLOGO LUIS RESINA - CÉSAR AUGUSTO MONIZ
25 Abril 2020
Revisitando o dia da Liberdade Lusa!
O excesso de liberdade em todo o tipo de experiências remete-nos hoje para situações contrárias e contraditórias - confinamento e reclusão! Tal como na ancestral filosofia Taoista, cada extremo acaba por virar no seu contrário! Liberdade e Verdade caminham juntas, mas na obliteração do presente e perante as projeções de inseguranças futuras, comemora-se hoje as memórias de um passado útil na época, mas atualmente desprovido de sentido e significado. As liberdades coletivas estão cada vez mais confinadas e seguem uma linguagem baseada no medo, na insegurança e na ameaça constante face ao desconhecido. Perante a falta de horizonte e significado, o sentido perde-se, e as convicções e crenças de outrora, tornam-se modelos no presente! A presente conjunção de Sol e Úrano em Touro fala-nos de uma possibilidade de conquista interna, de uma asserção da liberdade individual, criativa, renovadora, fundamentada na verdade do Ser. Se o indivíduo não se encontrar a ele mesmo, será guiado ao sabor das marés, dos valores externos a ele, navegando sem norte, à mercê de ditames sociais e políticos na maior parte dos casos muito pouco esclarecidos. Então, a actual proposta de Úrano planeta vinculado à liberdade, pode ser resumida nas seguintes palavras: encontra a Verdade do teu Ser, no seio de ti próprio encontrarás a tua transpessoalidade, e a partir daí poderás dizer, tal como o Poeta “Quanto mais Individual mais Universal”!
Continuando com uma série de pequenos apontamentos, aqui vos deixo uma alusão astrológica ao Covid, baseada nos grandes ciclos planetários sem saber ainda a sua real dimensão! Pequeno excerto da palestra de Luis Resina no I Colóquio de Astrologia Global em Portugal - 11 Janeiro Lisboa Video completo no Youtube
Reflexões a propósito da actual Lunação 9 Março 2020
Lua Cheia - Eixo Peixes-Virgem a 19º, o mesmo número do Corona! (Arcano 19 – o Sol, consciência)
Lua em Virgem – a matéria está sujeita à corrupção, estamos à mercê de cuidados paliativos, cada um vive o seu medo e cada um mergulha no seu caos! Ou, em alternativa luminosa, a capacidade real operativa de aplicar o saber prático a cada situação concreta…
Sol em Peixes conjunto com Neptuno/Posídon – o Todo é maior que a soma das partes, a visão espiritual do mundo faz-nos esquecermos de nós próprios, ficamos abertos ao que vier, nada é maior que a nossa Alma. Abracemos o vírus da nossa incompletude e tornemos na semente do provir, a gota una aquosa em fusão com a Oceânia!